O risco de ingerir carnes contaminadas
- inspecaomedvet
- 25 de out. de 2015
- 2 min de leitura
Quando ingerimos carnes contaminadas estamos sujeitos a intoxicações alimentares, que tem como principais sintomas o vômito, diarréia, inchaço abdominal, entre outros, que podem variar da maneira como os micro-organismos se desenvolvem no alimento.
Geralmente, as carnes contaminadas apresentam maneiras fáceis de serem identificadas, por possuírem alterações de cor, cheiro, sabor e textura. Porém em alguns casos as carnes contaminadas não possuem alterações, o que torna mais difícil essa identificação.
O consumidor pode tomar alguns cuidados no momento da compra das carnes a fim de evitar a contaminação. Confira algumas dicas que nós preparamos para você abaixo:
Comprar carnes sempre frescas e refrigeradas na temperatura ideal para o consumo entre (4 a 7 °C).
Com uma boa aparência, cor bem avermelhada.
Fique atento, a qualidade e procedência do estabelecimento, compre alimentos bem higienizados, onde a mercadoria não seja de abates clandestinos, sem fiscalização e inspeção da vigilância sanitária.
Exija os selos de Inspeção Federal, Estadual e Municipal. (Confira como identificar os selos em nossa página).
As consequências de ingerir uma carne contaminada podem ser desastrosas para saúde. Nos últimos 5 anos, 81 mil pessoas foram internadas pelo Sistema Único de Saúde com doenças relacionadas ao consumo de carne. O gasto para os cofres públicos foi de R$32 milhões.
Existem dois tipos de contaminação:
Contaminação Bacteriana - São dois os tipos de problemas causados por contaminação bacteriana na carne: quando a própria presença da bactéria gera algum tipo de doença no ser humano ou quando toxinas produzidas por estas bactérias é que são nocivas ao organismo humano. No primeiro caso, as bactérias mais comuns são a Escherichia colli (E.colli), que causa a colibacilose, e espécies de "salmonela" (Salmonella sp.), responsáveis por infecções gastro-intestinais - manifestada por dores abdominais, diarréia, vômito e outros sintomas - e que, dependendo da resistência do organismo, podem levar à morte. O botulismo, por sua vez, é um exemplo de mal causado por toxinas liberadas pelo Clostridium botulinum e provocado por acondicionamento da carne em temperatura elevada. A bactéria do botulismo ataca o sistema nervoso, provocando tremores e paralisia no ser humano. A carne pode funcionar, ainda, como veículo de transmissão da tuberculose, brucelose e cisticercose, que são tipos de zoonoses, ou seja, de doenças dos animais, transmitidas aos seres humanos por meio de contaminações do alimento. A aparência viscosa da carne "melada", alterações de cor e cheiro (presença de limo) também evidenciam processo de desenvolvimento bacteriano na carne bovina. "O consumidor deve observar a origem da carne - de onde ela vem - e se passou por inspeção sanitária para evitar consumir alimento clandestino, com maior probabilidade de apresentar irregularidades", recomenda o pesquisador da Embrapa Gado de Corte.
Contaminação por Resíduos - biocidas, antibióticos, agrotóxicos e resíduos de poluição ambiental são elementos que podem pôr em risco a saúde dos animais, dos trabalhadores das fazendas e do consumidor. Biocidas e antibióticos, usados, respectivamente, para combater parasitas e no controle de doenças, são sinônimos de risco de contaminação, principalmente quando não são respeitados os prazos de carência especificados nas embalagens e comercializados alimentos de origem animal ainda sob o efeito desses produtos.
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